Dagmar Mudronova, Viira Karaffová, Rodomira Namcova, Viira Revajova, Sana Ganaarcikova, Janu Koscova, Thomas Casank
As bactérias probióticas, assim como os PUFA, pertencem aos imunomoduladores bem conhecidos. Neste trabalho foi estudado o efeito da aplicação de lactobacilos probióticos sob a forma de queijo probiótico e linhaça – fonte de AGPI ómega-3 na resposta imunitária mediada por células em suínos. Foram divididos 88 leitões em 4 grupos onde os animais receberam durante o período que se inicia 10 dias antes do desmame e dura até aos 21 dias pós-desmame: no grupo controlo um queijo controlo com óleo de girassol no grupo L queijo probiótico com óleo de girassol no grupo FA queijo controlo com linhaça inteira triturada e no grupo LFA queijo probiótico com linhaça inteira triturada. Os porcos foram monitorizados quanto à actividade fagocítica, actividade metabólica dos fagócitos, proliferação de linfócitos, proporções de subpopulações de linfócitos no sangue periférico e placas de Peyer jejunais (PP). O efeito imunomodulador da aplicação de probióticos e/ou linhaça foi observado principalmente a nível intestinal local. Embora no dia do desmame não tenham sido encontradas diferenças significativas nas proporções de subpopulações de linfócitos observadas (CD4+, CD8+, CD3+, CD21+) isoladas do PP jejunal, no 7º dia após o desmame foram observadas percentagens significativamente mais elevadas de linfócitos T nos Grupos L e FA em comparação com o grupo LFA. Em contraste, a proporção de CD21+ foi significativamente maior no grupo LFA em comparação com todos os outros grupos. 21 dias após o desmame a proporção de linfócitos PP foi semelhante em todos os grupos. A supressão esperada do número de linfócitos e da proliferação pela linhaça não foi confirmada. Apenas a actividade fagocítica foi inibida após a adição de linhaça, mas a adição de lactobacilos eliminou este efeito.