Abhilash Antony, Zainab Sunu Ali, Gangadhara Somayaji, Annet Olinda D'souza e Sunil Rao Padmaraj
O refluxo laringofaríngeo (RLF) refere-se ao fluxo retrógrado do conteúdo gástrico para o trato aerodigestivo superior, que causa uma variedade de sintomas, como tosse, rouquidão e asma. Neste estudo observámos as alterações observadas na flora microbiológica da mucosa da parede faríngea em doentes com refluxo laringofaríngeo. Foi realizado um estudo prospetivo em 35 doentes com doença do refluxo laringofaríngeo (DRLP) e 15 doentes controlo no departamento de otorrinolaringologia de um hospital terciário. Os zaragatoas foram retirados a todos os doentes da parede posterior da faringe e enviados para análise microbiológica. Entre os 35 doentes com sintomas de LPRD, 14,29% dos doentes apresentavam flora faríngea normal, 21,88% dos isolados eram de bacilos Gram negativos não fermentadores (espécies Acinetobacter e Pseudomonas), enquanto 26,67% dos isolados apresentavam bactérias Gram positivas – (Staphylococcus aureus – 70%). isolados, espécies de Enterococcus – 20% de isolados, Staphylococcus aureus coagulase negativa – 10%). 50% dos doentes apresentavam isolados do grupo das Enterobacteriaceae (E. coli – 12,5%, espécies Klebsiella – 37,50%, Citrobacter – 6,25%; espécies Enterobacter – 43,75%). A presença de flora bacteriana na parede posterior da faringe aumenta com a presença de doença de refluxo laringofaríngeo, sendo o organismo predominante pertencente ao grupo das Enterobactericeae.