Abstrato

A abordagem da terapia interpessoal metacognitiva para a supervisão de terapeutas que tratam a perturbação de personalidade borderline: o papel fundamental dos padrões contratransferenciais parciais

Gianpaolo Salvatore1,2*, Omar Gelo3,4, Luisa Buonocore2, Maria Conza2, Tania Di Somma2, Nadia Di Sturco2, Gerardina Fimiani2, Nicoletta Manfredi2, Raffaella Marciano2, Antonella Pallotta2, Maria Grazia Proto2, Anna Sateriale2

Somos fisiologicamente múltiplos, oscilando entre diferentes estados de identidade de acordo com diferentes circunstâncias; mas geralmente possuímos um ponto de vista superior, capaz de monitorizar os nossos diferentes aspectos do eu e integrá-los num sentido de identidade coerente e complexo. Os doentes que sofrem de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) apresentam uma automultiplicidade patológica. Apresentam múltiplos estados de self que são dissociados ou compartimentados - cada um com padrões idiossincráticos de ideias, afectos, estratégias reguladoras e representações de si e dos outros - e têm uma capacidade limitada para formar um sentido coerente de identidade; isto está significativamente correlacionado com elevados níveis de sofrimento emocional, caos interno e sintomas psiquiátricos. Na relação psicoterapêutica, os auto-estados compartimentados do paciente têm uma forte tendência para suscitar os auto-estados não integrados e difíceis de regular do terapeuta, dando origem ao que designamos por Padrões Contratransferenciais Parciais (PCPs). Os PCP dificultam o esforço terapêutico para promover a integração da identidade do doente e o progresso terapêutico. De forma a rever um bom resultado clínico com os doentes que sofrem de TPB, a Terapia Interpessoal Metacognitiva (MIT) enfatiza o papel de um processo de supervisão sistemático que visa ajudar os terapeutas a enfrentar a autodescontinuidade vivenciada com os doentes com TPB. Os principais elementos da abordagem do MIT à supervisão são: 1) Relação de supervisão; 2) Promoção das capacidades metacognitivas dos terapeutas; 3) Conceptualização de caso e 4) Técnicas experienciais para desbloquear a iniciativa dos terapeutas. Neste artigo, primeiro descrevemos como o MIT conceptualiza e trata o BPD, depois descrevemos os PCPs e, por fim, focamo-nos na forma como a supervisão do MIT lida com o problema. Algumas implicações para pesquisas futuras são discutidas.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido usando ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisado ou verificado