Ivana Sofrénico
A comunicação da interacção fúngico-fúngico leva frequentemente ao ajuste do perfil metabólico tanto do crescimento cooperante que pode ter ramificações esperadas na indústria ou no agronegócio. No presente estudo realizamos dois arranjos de conexão parasitária contagiosa- Trametes coccinea (F3) com Leiotrametes lactinea (F9) e Trametes coccinea (F3) com Trametes versicolor (F1) para compreender as progressões no perfil metabólico durante a interação comunicacional e como este ciclo impacta a morfologia hifal/micélio dos crescimentos participantes. Os metabolitos criados durante a associação de Trametes coccinea (F3) com Leiotrametes lactinea (F9) e Trametes coccinea (F3) com Trametes versicolor (F1) foram decompostos por Cromatografia Líquida acoplada a Espectroscopia de Massas (LC-MS). A maioria dos metabolitos emitidos ou criados durante a colaboração estão relacionados com reações cautelosas. Além disso, a perceção com o exame de microscopia eletrónica descobriu que a colaboração entre o fungo testado levou à alteração da morfologia das hifas daquele que participava no crescimento. A comunicação fúngica bipartida provocou a criação de um pigmento-melanina de cor castanho-escuro, como confirmado pelas análises de LC-MS, FTIR e RMN. Além disso, a cooperação fúngica contagiosa também levou ao crescimento na criação de lacase, um conjunto de oxidases multicobre associadas à desintoxicação de misturas tóxicas.