Zeynep Yeğin* e Cumhur Avşar
A epigenética refere-se ao estudo das alterações hereditárias na expressão genética que ocorrem sem uma alteração na sequência do ADN e a metilação do ADN constitui um dos componentes causais mais importantes desta regulação. Ao contrário das mutações do ADN, as alterações na metilação do ADN podem ser influenciadas por fatores ambientais, são estáveis ??na escala de tempo de um indivíduo e apresentam diferentes níveis de herdabilidade. Sistemas eficientes de resistência contra infeções fágicas em bactérias aproveitam os mecanismos de metilação e estes sistemas de defesa tornaram-se ferramentas inestimáveis ??em aplicações biotecnológicas. Um padrão evolutivo de metilação do genoma guia-nos para uma melhor compreensão de funções específicas em diversos organismos. Nas doenças humanas, em contraste com as mutações que ocorrem tipicamente numa vasta gama de locais, a metilação aberrante de regiões promotoras específicas é uma característica consistente do cancro. Assim, a determinação destes epigenótipos de metilação circulantes é bastante vantajosa em termos de refletir os estádios iniciais da carcinogénese e predeterminar o futuro tipo de cancro. Neste comentário, pretendemos fornecer uma visão geral dos conceitos e mecanismos moleculares relacionados com a metilação nos organismos vivos. Compreender como a metilação contribui dinamicamente para as formas de vida procarióticas e eucarióticas é muito promissor para perceber o valor dos processos epigenéticos na prática evolutiva e clínica.