Roberto Berebichez-Fridman, Pablo Rodrigo Montero Olvera*, Enrique Berebichez Fastlicht
Este artigo apresenta o caso de um paciente do sexo masculino, com 10 anos de idade, que começou a sentir dor na zona da anca esquerda provocando claudicação. Como a dor continuou sem melhoria, foram obtidas radiografias pélvicas em diferentes projeções; estes revelaram lesão osteolítica multilobada na região do ílio, e a ressonância magnética mostrou uma imagem multilobada hiperintensa preenchida com líquido. Com base nestes resultados, foi tomada a decisão pelo tratamento cirúrgico. Foi realizada biópsia excisional da lesão com curetagem e colocação de enxerto ósseo. Até à data, nenhuma recorrência tumoral foi relatada. Embora a existência de quistos ósseos aneurismáticos seja conhecida há vários anos, estes tumores ainda não foram adequadamente definidos do ponto de vista histopatológico e também não houve consenso sobre os melhores métodos de diagnóstico e tratamento. Por este motivo, têm sido desenvolvidas diversas técnicas cirúrgicas com as suas respetivas indicações, contraindicações e complicações para a gestão destas lesões. É de extrema importância que o cirurgião ortopedista avalie minuciosamente o paciente e, com base nas características do tumor, tenha à sua disposição as ferramentas necessárias para a tomada de decisão sobre qual o tratamento indicado naquele determinado paciente. A presença de um quisto ósseo aneurismático deve ser suspeitada em todo o doente com dor óssea e imagens sugestivas, principalmente na população pediátrica, para permitir o diagnóstico adequado e o tratamento correto com o objetivo de reduzir as complicações e a recorrência da doença