Abstrato

Osteonecrose da mandíbula em doentes submetidos a tratamento prolongado com bifosfonatos: incidência e características associadas

Silvana Noemi Picardo* e Eduardo Alberto Rey

Introdução: Os bifosfonatos (BPs) apresentam uma ação terapêutica bem conhecida e favorável sobre o tecido ósseo dos doentes que recebem estes medicamentos. Objectivo: O objectivo deste estudo é ligar o tratamento a longo prazo com bifosfonatos azotados às ONJBPs (osteonecrose da mandíbula causada por bifosfonatos), o efeito secundário mais frequentemente encontrado na mandíbula. Em 2007, a AAOMS definiu o conceito de ONJBP como "uma área óssea necrótica exposta na boca, presente há mais de oito semanas em doentes que foram submetidos a tratamento prolongado com bifosfonatos e que não receberam radioterapia na cabeça e pescoço". Posteriormente, em 2009, a AAOMS definiu 4 estádios clínicos (0 a 3) de ONJBPs. Sujeitos e métodos: Entre janeiro de 2007 e dezembro de 2013, 25.538 pacientes foram encaminhados para o Departamento de Cirurgia e Traumatologia Maxilo-Facial II da Faculdade de Odontologia da Universidade de Buenos Aires Argentina. Todos estes doentes foram submetidos a tratamento dentário cirúrgico e os 1097 doentes com discrasias curativas foram posteriormente divididos em três grupos. Todos os 1097 doentes incluídos neste estudo foram submetidos a estudos semiológicos sistémicos clínicos, dentários, bioquímicos, histopatológicos, bem como a densitometria e radiografias. Resultados: Dos 25.538 doentes avaliados, 0,33% apresentavam ONJBP. Dos 1097 doentes com discrasias em cura, a incidência de ONJBP foi de 7,75%. Entre os 270 doentes que tomaram BPs, a incidência de ONJBPs foi de 31,5%. Os estudos clínicos em doentes do Grupo 1 revelaram principalmente doença nos estádios 1 e 2. Não se verificaram diferenças significativas nos níveis de CTX para nenhum dos dois grupos avaliados. Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem uma incidência significativa de ONJBPs, especialmente quando apenas os indivíduos tratados com BPs são incluídos nos cálculos. É também claro que a interação entre os profissionais de saúde é essencial, uma vez que a prevenção das ONJBP é melhor do que o seu tratamento.

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