Sylvie Lecomte
Qual é o ponto comum entre a espiritualidade, a meditação, o yoga, a medicina integrativa, holística, narrativa ou quântica? – A Compaixão. A medicina ancestral, como a medicina ayurvédica ou a medicina tibetana, cultiva-o há milénios. Com a Alimentação, a Compaixão está no centro de qualquer terapia. O modelo da molécula química e da técnica como únicas terapias capazes de curar chegou ao fim da sua eficácia em pouco menos de um século. Restaurar o significado de como curar e cuidar dos outros é uma necessidade absoluta porque a vulnerabilidade da humanidade e do indivíduo hoje é inversamente proporcional ao progresso científico. O humano não deveria ter saído do centro do processo de cuidados. Um escritor alemão do início do século XX previu que quando o poder da ciência fosse associado à espiritualidade, a humanidade progrediria a um passo de gigante. Qualquer nova tecnologia só terá interesse se a compaixão for o motor destas inovações. Como colocar o amor de volta no centro do processo de cura? Ao trabalharem a relação singular do cuidador, verão, através de cinco profissões de saúde, como devolver a esta relação a sua sacralidade. É através dos nossos sentidos, especialmente o do Toque Curativo, que se trata de recuperar a confiança que nunca nos deveria ter abandonado. Veremos que esta confiança já passa pelo reconhecimento da alteridade do paciente.