Stenio Fiorelli, Camille F França, Carlos Alberto Basílio de Oliveira, Marco Orsini, Rossano Fiorelli, Lucia Marques Vianna e Victor Hugo Bastos
Este estudo tem como objetivo identificar: o stress oxidativo e uma possível lesão renal em ratos com hipertensão grave e diabetes. Vinte e quatro animais, com 20 semanas de idade, mantidos na linha de base durante dez dias, foram subdivididos em quatro grupos de seis animais cada: SHRSP, SHRSPDb, WKY, WKYDb. A pressão sistólica foi medida por pletismografia. A glicose sanguínea por glicosímetro Accu-Check (Roche), azoto ureico sanguíneo, creatinina sérica e albumina urinária de 24 horas seguiram metodologia laboratorial de rotina. A homocisteína no sangue foi determinada por HPLC. Os dados foram analisados ??estatisticamente por ANOVA e P<0,05 foi considerado significativo. Posteriormente, os ratos em coma profundo foram eutanasiados e o rim removido para análise histopatológica. Estes ratos hipertensos apresentaram os níveis mais elevados de azoto ureico no sangue: SHRSP (40 ± 3 mg/dl) e SHRSPDb (57± 5 mg/dl) versus WKY (17 ± 2 mg/dl) e WKYDb (22 ± 3,5 mg/dl) dl). Da mesma forma, os níveis séricos de creatinina estavam significativamente aumentados nos ratos hipertensos: SHRSP (1,20 ± 0,02 mg/dl), SHRSP (1,27 ± 0,04 mg/dl) versus WKY (0,53 ± 0,02 mg/dl) e WKYDb (0,49 ± 0,02 mg/dl) e WKYDb (0,49 ± 0,02 mg/dl). A albumina urinária de 24 horas também foi marcadamente aumentada na estirpe SHRSP: SHRSP (128 ± 1,2 mg/24 h) e SHRSPDb (125 ± 0,6 mg/24 h) versus WKY (15 ± 0,02 mg/24 h) e WKYDb (14,8 ± 0,01 mg/24 h). Os níveis de homocisteína no sangue foram significativamente aumentados na estirpe SHRSP: SHRSP (6,51 ± 0,40 μmol/l) e SHRSPDb (7,32 ± 0,61 μmol/l) em comparação com os normotensos: WKY (3,80 ± 0,39 μmol/l) e WKYDb (5,20 ± 0,21 μmol/l). O ensaio histopatológico confirmou uma associação significativa entre a hipertensão e a lesão renal, uma vez que o número de glomérulos e de vasos hialinizados foi superior naqueles ratos hipertensos. No entanto, a presença de níveis aumentados de homocisteína no sangue em ambas as estirpes sugere que o stress oxidativo era uma característica comum à hipertensão e à diabetes.