Jean M Nappi*, Adam Sieg, Tanna B Hassig, Amy E Wahlquist
Objectivo: Com a escassez prévia de norepinefrina, foram necessários agentes alternativos para tratar os doentes com choque séptico. Este estudo retrospetivo avaliou se a escassez de norepinefrina teve um efeito adverso nos doentes internados numa unidade de cuidados intensivos com diagnóstico de sépsis grave ou choque séptico. Métodos: Tratou-se de uma revisão retrospectiva de registos médicos, que comparou os doentes que receberam norepinefrina versus os que não receberam. Os doentes elegíveis foram aqueles com idade ≥ anos que foram internados numa unidade de cuidados intensivos com diagnóstico de sépsis e iniciaram o uso de vasopressor para manter a estabilidade hemodinâmica. O desfecho primário específico foi se o uso de noradrenalina versus outros vasopressores teve efeito no tempo de internamento na UCI. Os desfechos secundários incluíram mortalidade, pressão arterial, pressão arterial média, desenvolvimento de insuficiência renal e necessidade de vasopressores. Resultados: Foram rastreados 288 doentes e 214 doentes que preencheram os critérios de inclusão (grupo norepinefrina=106 e grupo não-norepinefrina=108). Após contabilizar as possíveis diferenças na gravidade da doença (score APACHE II), idade, peso e sexo, não se verificou diferença no tempo de permanência na UCI (p=0,4); no entanto, as probabilidades de sobrevivência foram 5,9 (IC 95%: 3,1 a 11,1) vezes maiores para aqueles no grupo sem noradrenalina (p<0,0001). Conclusão: Com base nesta análise retrospetiva, os doentes que não receberam norepinefrina tiveram um tempo de permanência na UCI semelhante, mas apresentaram uma taxa de sobrevivência mais elevada. A escassez de norepinefrina não teve um efeito adverso nos resultados dos doentes. conjuntos para conversão IV-SC podem obter melhores resultados clínicos e de segurança.